Em francês “Jardin des Plantes” é um jardim botânico aberto ao público, situado no 5º arrondissement de Paris, como parte integrante do Museu Nacional de História Natural.
Está situado no “V” que se forma entre a Grande Mesquita, o Campus Universitário de Jussieu e o Rio Sena.
Esta instituição de 23,5 hectares tem como patronos Georges -Louis Leclerc, conde de Buffon e Jean-Baptiste Lamarck.
Georges-Louis – conde de Buffon
Sua rica história remonta a 1626, quando foi criado como um jardim de plantas medicinais para o Rei Louis XIII.
Foi fundado por Guy de La Brosse, médico de Louis XIII, de 1626 a 1735, com o objetivo de cultivar plantas medicinais para estudos e produção de medicamentos. Médicos, farmacêuticos e botânicos nisto trabalharam ao longo de diferentes épocas.
Com o passar do tempo, transformou-se em um importante centro de pesquisas botânica, zoológica e científica, sendo aberto ao público em 1650.
Em 1739, o Conde de Buffon assumiu como curador, expandindo o Jardim, adicionando o labirinto de sebes que ainda existe nos dias de hoje.
Além do Jardim Botânico, o espaço abriga o Museu de História Natural, um Zoológico e outros espaços dedicados a diferentes disciplinas científicas.
Uma enorme vista panorâmica, 500 metros de largura por 3 hectares, estende-se desde a Galeria até a Praça Valhubert, perto da margem do Sena. Seus canteiros à francesa, simétricos, são margeados por fileiras de plátanos que florescem a partir do mês de abril. As coleções de flores são mudadas regularmente, totalizando aproximadamente 1.000 variedades de plantas cultivadas.
A paisagem se divide em duas esplanadas: a Milne- Edwards, nome do diretor do Museu de 1890 a1900, na frente da Galeria e a esplanada Lamark, ao lado do Sena.
A esplanada Milne-Edward apresenta uma “zooteca” que reúne centenas de milhares de animais dissecados como insetos, serpentes e mamíferos. Em frente à galeria, na cabeceira da esplanada, existe uma estátua de bronze de Buffon, obra de Jean Carlus (1908).
Foi criado em 1990 e nele estão expostos ao público, diferentes espécies de rosas, dispostas de modo ameno e facilmente identificáveis.
Ali encontram-se 170 variedades de rosas europeias, plantadas ao longo da ‘Alameda Haüy” (René Just Haüy), pioneiro no estudo da mineralogia, a qual prolongou as galerias de botânica e geologia. Estas Galerias estão adornadas com duas estátuas. O Amor Prisioneiro de Felix Sanzel e a Venus Genitrix de Louis Marie Dupaly.
Elas são de armadura metálica dispostas e alinhadas ao longo do jardim externo. Dentre elas somente duas são abertas ao público. O jardim de inverno (750metros quadrados) de clima ameno e úmido (22 graus) é em estilo art deco. A estufa é obra de René Berger (1937). Ali encontram-se plantas trepadeiras, fícus, palmeiras e bananeiras.
A estufa mexicana agrupa as espécies características dos meios áridos das Américas. África meridional e Madagascar.
Ali encontram-se: cactos, agaves e também abacateiros, cafeeiros, mamoeiros e pimenteiros.
O complexo do Jardim das Plantas apresenta um dos parques zoológicos mais antigos do mundo.
Foi criado em 1795 por iniciativa de Bernardin de Saint -Pierre, transferindo para lá os animais da ménagérie de Versailles e das menagéries particulares.( ménagérie é uma palavra francesa utilizada para designar um lugar onde são colocados animais selvagens ou raros). Anteriormente, o espaço, de 5,5 hectares de extensão, era ocupado por serrarias de madeira.
Inicialmente o zoológico criado era sumário, formado por cercas, fossos, jaulas e gaiolas rústicas. Posteriormente, no século XIX e início do século XX, muitas construções foram edificadas com a finalidade de expor os animais de maneira adequada, algumas até sofisticadas demais para a época.
Atualmente, possui cerca de 1.100 animais, entre mamíferos, repteis e pássaros. Na fase atual uma das grandes preocupações dos curadores do Parque é preservar os animais em via de extinção, como por exemplo o “cavalo de Przewalski”, em coordenação com outras instituições pertencentes ao Museu. Este cavalo, raro e fascinante, vive em meio às montanhas da Mongólia. É a última espécie selvagem do mundo!
O Parque apresenta também um microzoo, onde animais minúsculos podem ser observados através de lupas, como um “vivarium” composto de pequenos repteis, anfíbios e insetos.
As espécies maiores, como elefantes, girafas, leões, tigres, gorilas, ursos e outros, impossíveis de serem mantidos corretamente nas instalações do Parque, por falta de espaço e sem possibilidade de ampliação, foram transportados, progressivamente para outros parques nos anos de 1970 a 2.000.
O Jardim Alpino foi criado em 1931, com a intenção de estudar plantas arbustivas e herbáceas as quais se desenvolveram nas montanhas do mundo inteiro, como nos Alpes, no Himalaia, na Córsega, nos Andes e outras tantas.
O Jardim aloja mais de 2.000 plantas em duas áreas conectadas por uma passagem subterrânea. No jardim há uma árvore de pistache macho. A partir dessas plantas, o botânico Sébastien Vaillant colocou em evidência a sexualidade dos vegetais no século XVIII.
Esta escola apresenta cerca de 4.500 variedades de plantas. Foi criada pelo botânico André Thouin no século XVIII, com o objetivo de apresentar a coleção ao público e aos botânicos de maneira compreensível. Lá foi plantado, em 1774, um pinheiro negro de Larício.
A coleção é formada de plantas susceptíveis de viver no meio rural europeu e apresenta também algumas árvores históricas. Nestas escolas, os jardineiros do museu administram semanalmente ao público vários cursos específicos.
A Revolução Francesa ocorreu um ano após a morte de Buffon, que foi o intendente do “Jardim do Rei”, provocando numerosas mudanças na organização do Jardim. Este, foi renomeado como “Jardim das Plantas de Paris” e o Gabinete do Rei (dependente do Jardim) , como ‘Museu Nacional de História Natural”.
Trata-se de um passeio agradável e enriquecedor!
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