Os Castelos Medievais surgiram na Idade Média como estruturas defensivas e símbolos de poder, construídos para proteger nobres e reis demonstrando sua autoridade.
Começaram a ser erguidos quando a Europa Ocidental foi invadida pelos povos nórdicos.
Diante do perigo, houve a necessidade de aumentar a defesa do território, construindo estruturas mais sólidas a fim de resistir aos ataques dos chamados “povos bárbaros”.
Alguns Castelos começaram a ser construídos por volta do ano 800, sobre ruinas de construções e fortificações romanas.
Ao longo do tempo, eles evoluíram incorporando características arquitetônicas que variam conforme a região e a época.
Os primeiros castelos surgiram inicialmente, como fortificações de madeira, muitas vezes em locais estratégicos, como topos de colinas, próximo a rios, os quais ofereciam vantagens defensivas e de vigilância.
Com o passar do tempo, a madeira foi substituída por pedra, e os castelos tornaram-se estruturas mais robustas, com muralhas altas e fossos, aumentando sua capacidade de defesa.
Muralhas e torres eram elementos importantes para a proteção contra-ataques, oferecendo posições elevadas para arqueiros e soldados.
Fossos e valas ao redor do Castelo eram construídos a fim de dificultar o acesso aos invasores.
Os muros cresceram de tamanho e passaram a ser enormes muralhas, onde cavaleiros e soldados poderiam circular em caso de ataque.
Passagens secretas eram comuns, permitindo fugas, ataque surpresa e armazenamento de suprimentos.
Também eram utilizados como centros administrativos e residência da nobreza, onde decisões políticas eram tomadas, administravam terras e realizavam banquetes.
Apesar de sua aparência imponente, a vida dentro dos castelos nem sempre era confortável, com quartos frios, pouca privacidade e banheiros rudimentares.
A vida cotidiana incluía missas diárias, administração do feudo, educação das crianças e para a nobreza, banquetes e festas.
Quanto aos banheiros, apesar de existirem, eram rudimentares, com latrinas coletivas e limpeza limitada, muitas vezes com água das chuvas ou de cisternas.
A cozinha era um espaço crucial, responsável por alimentar todos os habitantes do castelo, desde a nobreza até os servos.
No calabouço havia celas para os prisioneiros de guerra.
O ponto mais sensível deste tipo de construção era a entrada principal. Para isso os arquitetos inventaram todo o tipo de proteção, desde escavar um fosso e enchê-lo de água e dejetos, fabricar uma porta dupla, e utilizar pontes. Portões de ferro poderiam ser abertos e abaixados verticalmente através de um mecanismo movido por roldanas.
Os castelos demoravam anos para serem edificados e empregavam muitos trabalhadores para sua construção. Pedreiros, artesãos, carpinteiros e marceneiros dedicavam-se a moldar pedras, levantar torres e abrir janelas.
Muitas vezes eram empregados os prisioneiros de guerra para realizar determinadas tarefas, como reparar as partes danificadas.
A fim de transportar o material, erguê-lo a grandes alturas, eram utilizadas a força animal, moinhos movidos a água ou tração humana.
A matéria prima utilizada era principalmente a pedra. Por exemplo, certas muralhas foram construídas com pedras retiradas de antigos cemitérios romanos.
A madeira era utilizada para o acabamento e sustentação. Florestas inteiras foram devastadas para edificar castelos e casas de servos que viveram ao redor do senhor feudal.
Com o desenvolvimento da sociedade medieval, os Castelos passaram por transformações, incorporando elementos de conforto e ostentação, como chaminés, mobiliário, tapeçarias cozinhas e decorações luxuosas para tornar os ambientes mais confortáveis.
Os Castelos Medievais representavam a autoridade e a riqueza da nobreza, sendo o símbolo de status e domínio, influenciando o desenvolvimento das áreas ao redor dos mesmos.
Muitos Castelos foram preservados e hoje são importantes monumentos históricos, museus e pontos turísticos, testemunhando a história da Europa Medieval!
O uso de canhões e pólvora no final da Idade Média, tornou os Castelos menos eficazes em termos de defesa, assim muitos foram adaptados para funções residenciais palacianas ou simplesmente abandonados.
No Feudalismo, com sua hierarquia de nobres e senhores, impulsionou a construção de castelos como símbolo de poder e de controle sobre os Feudos.
A região do Vale do Loire, com seu clima ameno e paisagens pitorescas, tornou- se um local de residência preferida pela realeza e nobreza da França a partir do século XV.
A presença da corte francesa atraiu arquitetos, artistas artesãos, impulsionando a construção de castelos com influências renascentistas italianas.
Várias razões contribuíram para estas construções, como: segurança, poder e prestígio, residência e lazer.
A principal diferença entre Castelo e Palácio reside em sua função e arquitetura.
Castelos são construções fortificadas, projetadas para defesa, enquanto Palácios são residências luxuosas, focadas em ostentação e conforto.
O Renascimento surgiu primeiro na Itália, espalhando-se depois para outras partes da Europa, incluindo a França.
A Itália, especialmente cidades como Florença, Veneza e Roma, foi o berço do Renascimento, onde o movimento teve início e auge no século XIV. A partir daí, o Renascimento se difundiu para outras regiões, incluindo a França, onde foi adotado e adaptado.
A Itália tinha uma rica herança de Antiguidade e o estudo de textos e monumentos clássicos foi fundamental para o desenvolvimento do Renascimento.
O Renascimento italiano foi marcado por uma nova valorização do ser humano e de suas capacidades em contrastes com a visão teocêntrica da Idade Média.
A influência italiana no Renascimento francês foi notável, especialmente durante o reinado de Francisco I (François Premier) o qual contratou artistas italianos e trouxe obras de arte da Itália para a França.
Os franceses não conheciam o tingimento de tecidos, suas vestes eram de cores tristes, como o cinza, marrom e preto.
Com as idas de François Premier a Itália, principalmente no tempo das Guerras na Itália, percebeu-se que os italianos usavam roupas coloridas e alegres, uma vez que já tinham conhecimento da coloração de tecidos.
Quanto à maneira de viver, foi notado que viviam muito melhor, pois moravam em Palácios, com jardins maravilhosos cercando lagos e não em Castelos murados, com fossos e pontes levadiças.
Até mesmo, quando as pessoas eram assassinadas, os italianos eram mais elegantes, convidando o inimigo para um jantar envenenado… enquanto os franceses o levavam para a forca ou guilhotina! Lembrando que a forca era destinada a pessoas comuns e a guilhotina, reservada aos nobres e pessoas importantes!
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Oi Maria Helena, adorei a matéria, muito boa!! Obrigada, bjss 🥰
M Helena vc esta me deixando cada blog mais culta!!! Nunca imaginei a Italia na frente da França em arquitetura. Parabéns!!! Otimo artigo. Bj